Vazio...
Diz-me: Qual é o teu propósito na vida? Estás cá para quê? Sabes? Os sonhos, esses teus sonhos, ficaram onde depois que cresceste? Afinal não controlamos nada? A vida decide por nós, quando, onde e porquê? A partir de quando é que nos esquecemos dos nossos planos? A partir de que idade? Hoje lembrei-me que tive sonhos, planos. Hoje preciso de saber quem sou. Preciso da minha essência porque não sei para onde vou.
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Minas....
Será que a paixão se sente de maneira diferente consoante a idade?
Será que quando somos jovens sentimos aquela sensação avassaladora de maneira diferente?
Somos decerto mais contidos, pelo menos inicialmente, é como aquele ditado: "Quando a esmola é muita...."
E quando alguém aparece com tudo o que esperavamos há tanto tempo? Quando nos surpreende a cada momento, com uma palavra, uma atitude, como é que devemos reagir? O que devemos pensar?
Por um lado esperamos, porque aquilo pode ser "fogo de vista", podemos estar a alucinar e as imagens podem trair-nos, começamos a andar em bicos de pé como se a estrada estivesse cheia de minas, e um passo em falso...buumm!
Pelo outro, somos surpreendidos a toda a hora, hoje é uma palavra, amanhã uma mensagem, depois uma flôr.... mas existe sempre algo que não acreditamos, existe sempre um pouco de desconfiança, porque é bom, esta é a contradição, desconfiamos porque é bom!
Sentimos, mas não queremos sentir, porque a experiência toca uma campainha no fundo de nós a alertar-nos para termos cuidado, até porque já não temos 20 anos, já não nos atiramos de cabeça para qualquer relacionamento.
Acredito que paixão é paixão em qualquer idade, a atitude é que é diferente, porque já fomos magoados, porque gostar de alguém é importante, porque cuidar de alguém é importante, porque queremos que quem cuide de nós não seja adolescente nas atitudes.
Não estamos habituadas a ser bem tratadas e derrepente aparece um samaritano que até tem bons principios...e apanha com toda a porcaria que acumulámos sobre os homens.
Somos tão estranhas ás vezes!!!
"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que poderia ser nosso pelo simples medo de tentar." William Shakespeare
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Por dentro...
Os anos passam e tudo muda, aprendemos mais sobre nós mesmos e sobre os outros.
Por fora envelhecemos, esta carcaça que carregamos atraiçoa-nos, uns carregam rugas profundas que as pessoas identificam como desgostos ou sofrimentos vividos, outros embora a pele demore mais tempo a demonstrar o passar do tempo, o olhar evidência a tristeza do passado.
E por dentro que idade temos?
Quem somos por dentro?
Existem pessoas que ainda são crianças por dentro, ao não viverem em pleno a sua infância brincam ou têm atitudes como se ainda tivessem 12 ou 13 anos. Outras são muito velhas com pensamentos antigos e palavras cansadas, chatas.
Se não soubesses a idade que tens, que idade achas que terias?
Não sinto a idade que tenho, acho que por dentro tenho muito menos idade, ainda me apetece andar de baloiço e tento, ás escondidas num parque qualquer. Apetece-me pegar na mochila e conhecer meio mundo, experimentar coisas novas como se tivesse 18 anos, apetece-me ser imortal outra vez. Só não me apetece voltar para casa dos meus pais!!! As coisas menos boas não me apetece!!
Gostava de voltar ao meu bairro, jogar á apanhada, ao mata, jogar volei na rua, ás escondidas, voltar a ver todos aqueles com quem brinquei, fazer tudo de novo.
A idade está realmente na nossa cabeça, gostava que a vida não me pregasse muitas partidas más, pois gostaria de não perder a idade que sinto que tenho para começar a sentir a idade que realmente tenho.
"Não paramos de nos divertir por ficarmos velhos. Envelhecemos porque paramos de nos divertir."