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Presistência...

Quinta-feira, 13.12.12

 

Se pensarmos com alguma calma sobre a nossa vida percebemos que existem ciclos que se repetem. Quando nos zangamos com alguém, quando algum assunto ficou mal resolvido, quando algumas pessoas voltam para nos questionar ao fim de algum tempo, somos  "obrigados"  a lidar com o passado para seguirmos em frente. Já me aconteceu muitas vezes a vida obrigar-me a corrigir o passado, pois tudo o que fica para trás, sem resolução, impede que as escolhas sejam as melhores no futuro. A imagem que sempre me assola a mente é de uma pessoa presa pelo tornozelo por uma corda ao pé de uma mesa, sem conseguir andar.

Existem pessoas que estão presas a ideias e a vidas que imaginaram ser para sempre, "mortas", cegas e profundamente azedas carregando fardos não só para si como para os seus filhos e familia. O egoísmo é de tal ordem que não vêm que o seu passado é o seu presente, os ciclos deixam de existir, deixam de crescer e principalmente não querem que os outros sejam mais felizes que eles próprios.

A maturidade acontece quando sofremos perdas, desilusões. Avaliamos o que vale a pena ou não.

Quando casei, pensei que era para sempre, mas não foi, fomos realmente o primeiro casal que se divorciou na família dele, até aquela data ninguém o tinha feito. Existem pessoas que querem ser o único casal que não se divorcia, mesmo que para isso tenham que sacrificar a felicidade dos outros. E "marram" para aquela ideia e param no tempo, na vida e no cerebro também.

Não somos o nosso passado, somos sim talhados para a prender com o nosso passado, tentando não cometer os mesmos erros no futuro. Quem não consegue entender que já nada pode fazer para nos fazer felizes é porque não quer assumir os seus erros e muito menos corrigi-los para bem do seu próprio futuro.


"O rio corta a rocha não por causa de sua força, mas por causa de sua persistência." 
(Jim Watkins)

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publicado por caminhosdaalma às 22:17

Casamento

Quarta-feira, 31.10.12

És meu. Sou tua.

No começo partilhamos o mundo, a vida, a cama.

Intensamente como se fosse a primeira vez.

Os sonhos, os planos, os outros.

A calma pazigua-nos a alma.

Depois precisamos dos pais, das mães, dos amigos, das amigas

Os muros desabam, as opiniões confundem-nos e as dúvidas começam.

És mulher, és marido, és amigo, és pai, és mãe, tudo tem um nome.

Já não és meu e eu já não sou tua, somos nomes, fugas para fugir da rotina.

Já não nos olhamos, já não nos desejamos, perdemo-nos no mar de gente que nos

Distraí do “eu sou tua e tu és meu”.

Fugimos da vida planeada, crescemos com os outros, afastamo-nos do amor que nos uniu.                  

Já não me sinto tua, tu já não te sentes meu.

As razões são mais importantes que as felicidades.

A tua vida e a minha vida já não se cruzam.

Frases curtas definem um casamento, coisa pouca, sem importância.

Uns permanecem outros partem.

Outros recomeçam.      

És meu. Sou tua.

"Somos todos amadores no início do casamento; alguns de nós amadores com mais sorte que os outros." (John Leonard)

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publicado por caminhosdaalma às 12:58

Entre o Olá e o Adeus...

Segunda-feira, 15.10.12

Ao passar por uma livraria lanço um olhar pelas revistas cor de rosa e nas capas de algumas vejo em palavras garrafais, pelo menos a mim pareciam-me letras garrafais, "João e Maria separam-se ao fim de dez anos" ou "José traí a mulher devido a ter-se envolvido com amiguinha da novela" e pasmei!! Sendo estas notícias verdadeiras, porque onde há fumo decerto que há uma fogueira a arder sem parar, leva-me a perder a fé nos relacionamentos, não sou ingénua ao ponto de perceber que o amor acaba mas parece que o Outuno começa e as pessoas caem como as folhas, sem vida.

Nada é garantido, nada é para sempre, dizem, ninguém se casa para se divorciar, mas também ninguém se casa a pensar que irá fazer de tudo para se manter junto, na maior parte dos casamentos e em tom de brincadeira afirma-se que se não der certo sempre existe o divórcio, e graças a Deus que existe, mas em todas as famílias elogia-se o tal casal que sobrevive há decadas juntos e é o exemplo a seguir.

Alguém me confessou há dias que descobriu ao fim de vinte e cinco anos o quanto amava o marido, durante esses vinte cinco anos houve alturas em que estiveram quase a ir cada um para seu lado, nunca deram o passo decisivo porque descobriram sempre a razão pela qual se tinham casado, hoje embora a vida seja diferente e estejam afastados um do outro alguns meses do ano, ele trabalha noutro país, e sabemos perfeitamente que a distância é inimiga do amor, lutam para ficar juntos.

Outros vivem apenas para si mesmos, para a sua família, barricando as suas vidas dos outros, não os censuro, hoje é tudo tão fácil que até uma simples palavra bem dita na hora certa nos faz olhar para o lado.

Será que é tudo uma mentira ou o velho ditado continua actual: "A galinha da vizinha é melhor que a minha"?

Agarramo-nos aos relacionamentos quando eles valem a pena, quando ambos estão dispostos a lutam pela união, basta um não querer para não haver recuperação, não valendo a pena pensar na casa, nos filhos, na família, no cão ou piriquito, basta um não querer.

Talvez  o "para sempre" não exista e o que temos de aproveitar é o que está entre o "Olá" e o "Adeus".

Não fales da tua felicidade a quem não for tão feliz como tu. (Pitágoras)

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publicado por caminhosdaalma às 19:47

Foco...

Terça-feira, 31.07.12

Os relacionamentos não são fáceis, viver em conjunto não é fácil, é doloroso o processo de juntar duas pessoas com educações diferentes numa casa e o caminho por vezes é penoso.

Cada vez mais acredito que o casamento devia ser um contrato á séria, com clausulas á séria, com duração, com condições, com sonhos, tudo escrito num papel e renovável em cada ano e se um dos dois não quizesse continuar, teria que avisar o outro com antecedência.

 

Parece quase uma brincadeira, mas este contrato, para mim, teria um impacto no seu inicio, ou seja, os casais resolvem casar no inicio da paixão, não falam sobre o que não gostam apenas no que desejam, não se conhecem, o facto de falarem e escreverem sobre o que querem irá fazer com que se conheçam, saber o que pretendem de um casamento, onde querem morar, o que querem que o outro faça, o que mais gostam de fazer, quantos filhos gostariam de ter.

 

O casamento é uma parceria, é o dar e receber, é o "hoje és tu e amanhã sou eu", o querer ser melhor amanhã enquanto casal, é o querer crescer em conjunto, é manter promessas, é não enganar, é o amar acima de tudo o que conquistam, é manter o foco.

 

As tentações estão em todo o lado, existirão sempre mulheres mais bonitas, homens mais inteligentes, mas no fim tudo se resume ao interior, há sempre um que quer ir embora, há sempre um que ama mais do que o outro, tem que existir uma magia entre o casal que esmaga a novidade, que destrói os encantamentos e isso só acontecerá se se lutar pelo que foi estipulado no inicio do relacionamento...conhecerem-se de tal forma ao ponto de nenhum deles tenha a pachorra de começar tudo de novo.

 

"O amor é o direito que damos ao outro para nos preseguir" Fedor Dostoievski

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publicado por caminhosdaalma às 22:47

Casamento...

Sábado, 25.02.12

 

A história que vou contar acontece em muitos casais, uns conseguem perceber e resolver outros não.

 

Um amigo querido passava por mim quase todos os dias contava-me que o seu casamento não ia bem, percebi que a cada dia ele estava mais triste. Cada vez que me falava contava-me por alto que estava confuso, nunca consegui perguntar o que se passava realmente porque percebi que nem ele sabia. Isto durou meses, a conversa durava 5 a 10 minutos contava que ainda nada estava resolvido. Até hoje, passou por mim alegre e contente. Atrevi-me a perguntar afinal o que se tinha passado, ao que ele respondeu:

 

" Sabes, casei com 23 anos e a minha mulher tinha 18, eramos muitos novos. Sempre pensei que este tipo de coisas só aconteciam aos outros e quando me tocou a mim, fiquei sem saber que fazer. A minha mulher começou a mudar e eu não sabia porquê, as discussões começaram e eu não sabia lidar com o assunto. A minha imaginação levava-me para filmes com vários cenários e todos eles eram assustadores, até que conseguimos dialogar. Descobri que andei distraido, ela cresceu e eu não dei por isso. Agora está tudo bem, mas andei a bater com a cabeça nas paredes durante quase um ano."

 

 Achei maravilhoso! Quando se ama tudo vale a pensa.

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publicado por caminhosdaalma às 01:06





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