Ilhas...
Todos nós somos ilhas, com características próprias, umas mais floridas cheia de cheiros, outras ainda por florescer, e não interessa a idade com que começamos a plantar, uns plantam desde muito cedo outros só mais tarde conhecem a arte de se auto-embelezar.
Não nos podemos fundir, apenas nos podemos tocar, muito levemente. Existem ilhas perdidas, sem rumo, sem norte e ao minímo toque perdem terra, afundam-se.
E quando as ilhas se encontram por breves momentos, e se ajudam a reerguer, numa incansável energia, numa incansável partilha, a vida floresce e a esperança acontece. E possivelmente numa determinada altura dessa construção uma delas terá de seguir o seu caminho, o seu destino.
O mar é imenso, a vida é curta, e é necessário dar espaço á construção dos outros, cada um navega conforme as águas por onde passa, e na maior parte das vezes a tempestade existe para que cada um de nós, cada ilha apenas se toque, porque apenas basta um toque para tudo acontecer.
O amor começa com quase tudo e acaba com quase nada.