Amas a ideia...
- Amo-o - disse ela.
- Amas o quê? Ama-lo, como é, ou amas a ideia que tens dele?.
A resposta é, sempre, muito estranha - não gosto como me trata, mas...
Fico sempre surpreendida, deveras surpreendida (mesmo), quando ao fim de alguns anos (por vezes, meses), de namoro, (quando o relacionamento chega ao: vai ou fica), as pessoas não sabem o que sentem pela pessoa na actualidade (agora). Nessa altura: hoje, têm de fazer uma actualização, backup, a tudo o que passaram (bom ou mau):sentimentos; comportamentos; tudo é decisivo. Pensar: quem é esta pessoa - hoje. Nunca a ideia que temos da pessoa - no passado. Quando esta avaliação é - honestamente - avaliada: um novo mundo é criado dentro de cada um de nós. O sentimento de perda é avassalador: palavras; passeios - rotinas, tudo se transforma em desconhecido. Voltamos a nós. Nós; nós passa a - eu. Ficamos sem rede; sem pé. O cérebro está formatado para enviar desculpas atrás de desculpas (estupidamente), perservando-nos do sofrimento; agora; e agora; e agora, até conseguirmos perceber que são desculpas: repetimo-nos.
A ideia que temos de alguém; romântico; cavalheiro; conquistador; surpreendente, fica lá atrás; no começo de tudo - da paixão. É sempre assim. Se as pessoas não pensassem em casar na fúria da paixão, certamente, haveria menos divórcios.
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1 comentário
De Eu não sou Ninguém a 25.08.2013 às 00:14
Obrigado por este texto.