Ego...
O ego é uma percepção ilusória da realidade. É uma voz que existe dentro da nossa cabeça que gera pensamentos infindáveis.
Começamos desde pequenos, com a ideia que tudo nos pretence, o meu brinquedo,a minha mãe, o meu pai, a minha escola.
Identificamos tudo como sendo nosso e acaba por ter que ser alimentado diáriamente, constantemente.
Todos conhecemos a frase: "Não somos o que possuímos". Mas se possuímos muito acabamos por nos tornar orgulhosos, poderosos, tiranos em relação aos outros e isto tem de ser alimentado.
Quando nascemos somos uma página em branco, e a partir daqui alguém "escreve em nós" o pior ou o melhor, e durante o crescimento poderemos ter algo que nos desvia para caminhos mais saudáveis, como a generosidade, o altruísmo ou não, mas estamos constantemente a alimentar o ego, não temos consciência desta situação, é como se tivessemos um chip incorporado no cerebro. Criamos o que somos, porque precisamos de coisas ou pessoas para nos identificarmos com o "eu" que existe dentro de nós, mas não somos o que temos.
Aprendemos que noutras filosofias é importante abdicarmos do que possuímos para no identificarmos com o nosso "eu" real, sem materialismos, sem apegos, e isto é doloroso para quem foi ensinado a se identificar de uma maneira diferente.
A partir do momento que tivermos consciência destes pensamentos que fazem parte dessa tal voz que nos consome provavelmente a postura perante a vida mude, porque na sua maioria, estes pensamentos geram necessidades que não nos trazem grandes mudanças apenas nos reconfortam.
O mais assustador é descobrir quem somos sem as coisas que possuímos, se gostamos de nós á séria sem bens materiais, e mais assustador é se os outros gostariam de estar conncosco.
"Gostamos de ser o que não somos" Albert Conhen
Autoria e outros dados (tags, etc)
1 comentário
De Planeta XXI a 10.06.2012 às 22:00
Mas concordo, que os outros gostam de fantasiar acerca de um personagem que não são e que no fundo gostariam de ser, mas que por um motivo ou por outro, não conseguem; a verdade acerca de nós mesmo às vezes pode ser terrível; por isso aquela se torna intragável, dando lugar a uma fantasia.